sexta-feira, 24 de julho de 2009

Silent Josh

Em uma noite tempestuosa... Um homem entra dentro em uma taberna, próximo a colina de Hillia. Suas roupas bem coloridas e requintadas mostravam que ele não era apenas uma pessoa que queria se abrigar daquela chuva tempestuosa.
Ele abre a porta de vai-vêm, todos da taberna iluminada olham para aquele homem bem vestido, que sorri e cumprimenta a todos, mas ninguém responde.
Ele se aproxima em passos pequenos, se esquivando de todas as pessoas até o atendente do bar, se senta em um banco e sussurra seriamente.
-Quero um assassino.
O jovem atendente olha para ele com um olhar de desdém.
-Muitos querem, existem muitas pessoas aqui que procuram um mercenário para um emprego, outros vêm para procurar um emprego, para que queres um assassino? A taberna Rosa Negra possui seu clã de assassinos, mas para contratar um, você precisa, no mínimo, ouro e colhões.
O Homem sorri e joga um dobrão largo de ouro com um emblema nele.
-Reconhece este emblema? Eu vim a mando da família do prefeito.
O jovem abre a entrada do balcão e manda o homem entrar, depois ele abre uma passagem no chão que dava para uma escada escura, feita de pedra úmida e tapada na escuridão.
-Entre, temos três esperando um emprego, diz o jovem.
O homem entra naquele calabouço escuro, soprava um vento frio e maligno, praticamente estéril, que qualquer ser humano poderia sentir que aquele ali não era um bom lugar para se estar.
Descendo as escadas vagarosamente, sentindo aquele ar pesado, como se estivesse em um lugar assombrado ele se depara com uma tocha acesa.
Ele a apanha e segue um vasto corredor pequeno até chegar aos três homens sentados próximo a uma mesa, iluminados por duas tochas ao meio fogo.
Um deles aparentava ser um senhor, possui uma cicatriz no rosto bastante profunda e um olhar assassino, usava roupas de couro bem costuradas e folgadas no corpo. O segundo é um homem formado, Negro com a cabeça raspada, possuía o corpo tatuado com símbolos. Seus olhos verdes brilhavam como jades, estavam parados, fitando os olhos do homem que se aproximava. O terceiro era jovem estava olhando para baixo deixando seus cabelos negros sobre o rosto, usava um poncho verde.

O homem chega e diz.
-Quero contratar Josh, O silencioso.
O senhor dá uma gargalhada alta, que deixa o nobre um pouco ofendido e diz.
- Olha, aristocrata, qualquer um aqui pode fazer o serviço de Josh, e tamb...
O Nobre homem dá um soco na mesa, interrompendo o que o senhor fala e grita.
-EU NÃO QUERO SABER O QUE O SEU BOLSO QUER DURIN, SAIA DAQUI VOCÊ E O ANDURO QUE O PREFEITO PRECISA DELE.
O senhor se levanta junto com o homem e ambos saem do local, deixando apenas o Nobre e o jovem.
O jovem olha para o nobre com um olhar de asco e fala.
- Eu não quero mais matar, hoje é meu ultimo dia no Clã da Rosa Negra, independente de quantia, eu não levanto mais a minha mão para nenhuma pessoa.
O nobre olha para ele com um sorriso sádico.
- Há! Um pirralho como você não pode ser Josh, o silencioso, pelas histórias que dizem ele deve ser bem mais...
-Velho? O jovem interrompe o nobre com um olhar sinistro.
-Sim, muitos acham que eu sou bem mais velho, mais alto e mais forte. Mas uma coisa é certa. Em meus vinte e três anos, já tenho mortes demais em meus ombros que qualquer nobre possa imaginar.
O homem gagueja e se engasga com a própria saliva. Demora alguns segundos de frustração e ele fala.
- Eu sei que queres se casar com a filha do ferreiro, Josh, e sei que ela não sabe de sua profissão e de sua “reputação”, então cumpra as ordens do governador.
Um vento forte sopra do nada e o homem se assusta...

Suas madeixas loiras e cumpridas caem sobre o chão.
-C... Como isso? Diz o Nobre apavorado.
-Ouse fazer algo com ela e tu estarás dando pulinhos com os vermes quando voltares para a terra, seu porco imundo! Diz Josh com um tom peculiar de raiva, mas com uma felicidade sádica em seu rosto.
O homem joga um desenho de uma bela menina de cabelos ruivos.
- Esta é a filha do governador, ela tem sete anos e é ela que você deve matar, pois ela não é filha do governador no seu santo matrimônio, mas sim de uma filha dele com uma empregada.
- Você deveria saber que eu não mato crianças e mulheres grávidas.
-Sim, garoto, mas você tem que fazê-lo... Tome, dez quilos de ouro, outros vinte o esperam após essa missão.
Josh pega o ouro, se levanta e passa o nobre que fica parado olhando para a mesa. Josh vira o rosto e fala:
-Quando meu trabalho acabar, eu voltarei para te pegar...
Essas palavras soaram frio na espinha do nobre que esperou Josh sair da taberna para sair do local. O medo tomou seu coração naquele dia.

Josh sai da taberna, se dirige para a cidade e vai ao ferreiro, com seu poncho verde e um cavalo branco.
Ele olha todas aquelas laminas, espadas, facas, instrumentos de lavoura tudo sistematicamente arrumado. Desce do cavalo e vê um senhor martelando na bigorna, faíscas flamejantes cortavam o ar e batiam no chão fazendo desenhos amarelados pela escuridão da noite chuvosa.
-Noite Sr. Smith.
-Noite Josh, Allyan já está deitada, o que um jovem faz essa hora?
-Eu vim entregar isso a ela.
Josh entrega uma carta a ele.
-Entregarei a ela assim que ela acordar meu jovem. Vá descansar, pois esta noite a morte costuma bater em nossas portas.
O jovem sobe no cavalo, sem falar mais nada. Pois ele será a morte essa noite.

Ele deixa o cavalo na estrebaria da taberna e começa a se locomover entre as sombras das casas.
Cada passo é silencioso, o som da respiração é praticamente ausente.
Seus pés descalços são rápidos e vorazes, mas a respiração continua lenta e silenciosa.
Ele chega na casa, uma casa grande, mas uma casa humilde, feita de madeira barata, parte já está podre, deve ter imensas goteiras nela.
Ele pula o muro com facilidade, vê uma casinha de cachorro, com um cão dormindo fora dela, ele não pensa duas vezes e joga uma lamina no cão, pegando entre os olhos dele. Ele já teve problemas com cachorros no passado. Quando quis libertar seu pai por crimes que ele não cometeu que a Santa Trindade o culpou.

Ele abre a porta dos fundos, usa uma faca para abri-la, abre a porta sem sair um ruído dela, ele estava com sorte, estava a passos de abandonar uma vida de escuridão e se casar com a filha do ferreiro.
Ele sobe as escadas silenciosamente e ele vê a garota no andar de cima, que o vê também.
A garota volta com a mãe.
-Eu vi mãe, o homem triste.
- Filha, isso é história que seu avô conta, vamos...
O silêncio toma conta do local, interrompido com soluços da mãe da garota olhando para um horizonte negro.
A garota vê o vestido de sua mãe ficar vermelho na parte do ventre, o corpo dela cai sobre o apoio da escada que se quebra com o peso dela fazendo a pobre mulher cair feito um saco de batata no chão.
A garota sente uma mão gigante segurando ela do pescoço.
Ela grita por socorro. O homem diz.
-Pode gritar a vontade, criança, não há mais ninguém vivo nesta casa.
Uma outra voz ecoa num outro quarto.
- Acaba logo com ela Anduro! Eu vou terminar com essa putinha e vamos atrás do Josh!
Josh escondido no armário escuta o dialogo e se locomove silenciosamente, desvia do corpo da mulher e vê Anduro carregando a criança para o banheiro.
Anduro começa a fazer brincadeiras com uma espada enquanto a garota grita desesperadamente.
Quando ele vai causar o golpe três agulhas de ferro acertam o seu braço.
-Urgh! Meus tendões.
Ele apenas vê o poncho verde, e uma silhueta escura que os raios que passavam pela janela mostravam.
Anduro tenta pegar a espada com o outro braço, mas foi apenas ele tentar se mexer que mais cinco agulhas são disparadas acertando sua garganta.
Ele pega a criança no colo, sai correndo do banheiro e pula do segundo andar para o primeiro saindo da casa.
Ele pula o muro com a criança que não par de chorar. Um guarda escuta e vai atrás dele, usando um apito.
O som é estridente e mesmo que Josh disparasse até a estrebaria onde estava seu cavalo, todos os guardas começaram a sair de seus postos e sopraram seus apitos, fazendo assim uma rede.
Josh estava confuso, talvez com medo, e essa era a primeira vez que estava o sentindo depois que se viu sozinho no mundo, quando seu pai foi morto por um assassino como ele, que depois ele o matara.
Ele pega um beco, mas é surpreendido por Durin e um bando de guardas.
-Eu vi este saindo com a criança da casa, prendam-no!
Os guardas começaram a correr na direção de Josh que empunha duas espadas curtas, eles tentavam ataca-lo, mas Josh os retalha com facilidade, quanto mais guardas entravam no beco, mais o beco se enchia de sangue e corpos. E a Garota não parava de gritar ao ver aquela cena. Depois de algumas horas, pilhas de corpos jaziam no chão de pedra e o sangue escorria delgado, por causa da chuva, Durin olha sadicamente para Josh e fala.
-Esse então é o seu poder? O poder que o maior assassino de todos te passou é só isso? O poder que herdasse de Angus o Desolador é só isso?
O olhar de desgosto e ódio de Josh impõe respeito até nas criaturas mais selvagens, mas um asno sempre fala demais.
-Me Responda!
Imediatamente inúmeras laminas perfuram o corpo de Durin, largando ele no chão.
Josh se dirige calmamente, assistindo ele gritar no naquele chão de pedra sujo de sangue e de água da chuva.
Ele sorri e fala ao velho quase morto.
-Calma Durin, seu velho fedorento e pútrido! Eu não acertei nenhum ponto vital seu... Ainda! Sabe qual a nossa diferença? Sabe? Sabe o por que eu, Josh recebi o nome de o silencioso?
-N..Não..
-O silêncio após a matança é uma coisa que me agrada. Eu, ao contrario de você não queria matar, queria ter a minha vida no circo com meu pai vivendo como atirador de facas, mas a santa trindade mandou o Angus o Desolador para matar meu pai depois que ele fugiu da prisão com a minha ajuda, eu tinha seis anos. Angus matou meu pai na minha frente e me levou com ele, aprendi a ser um assassino daí, me negava a matar, mas sempre, por que eu era o Discípulo de Angus, me mandavam matar capitães, bispos, reis, duques, entre outros. Eu já matei muito mais pessoas que você e sua misera mente vazia pode imaginar...
-O que vais faz..fazer com a criança? Diz Durin agonizando por ter perdido muito sangue.
-Eu vou treina-la e ela ira me matar e seguir o caminho que Angus me fez passar... Agora vou acabar com seu sofrimento.
Josh puxa uma faca em forma de crucifixo e crava no coração de Durin.

-Descanse em paz, assassino.

Josh pega a criança que desmaiou, por cansaço, ou por ver tanto sangue e vai embora.

No outro dia na taverna. O nobre entra nela. Com Duas grandes sacolas.
Se dirige até o local onde se encontrara com Josh, ninguém lá.
Ele olha para os lados, assustado e quando ele se vira ele vê o Josh, que o imobiliza e o joga por cima da mesa.
-eu não falei que eu ia te pegar? Eu nunca desmancho um negócio prazeroso.
Ele corta a garganta do homem e vê ele se afogar no próprio sangue.
Em seus olhos têm a chama interminável da selvageria e em seu sorriso a certeza de que isso é apenas o começo.


Dedicado ao Thiago Ripper, um dos meus mais fiéis Leitores que se recuperou a pouco tempo.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Uma questão.

Olá a todos, como estão?

Faz horas que não dou as caras em um comunicado aqui =)
Estou tendo malditos momentos de reflexão, coisa que a solidão concedida pelas longas férias da universidade pode nos conceder.
O bom é que estou tendo boa leitura e vendo filmes bons!
Fora isso é você estar entediado e ficar pensando besteira, isso pode explodir os miolos de uma pessoa com a mente fértil como a minha.
Cem mil pensamentos por segundo, nenhum deles positivo, nenhuma absolvição, nenhum afeto, nenhuma compaixão.
É estranho como a vida nos pega desprevenido, mais estranho ainda é quando nós mesmos nos julgamos.


Ta, chega.

Vou deixar uma frase para vocês, por que às vezes, algo que pensamos ser, não é tudo aquilo que parece.

“Quantas lágrimas, de quantas pessoas, valem um sorriso seu?”



Uma oração, para finalizar. ^^

Grande pai Odin, Ouça o meu chamado!
Minha honra foi o meu apoio.
Uma vida amarga, mas honrosa.
Livre de todos os orgulhos falsos.
Sempre deitarei minhas armas
E me curvarei diante seu julgamento.
Com seu amargo olhar
Cubra-me com a morte
Se algum dia eu falhar!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Novos contos.

Rio Grande, Dia 23 de Agosto de 2009.

Odeio Diários, mas odeio mais ainda psiquiatras.
Mais uma vez. Eu morri! Que saco cara. Tava fumando meu Marlboro e vendo o jogo do Internacional x Atlético Paranaense no posto do Guto, próximo ao big. O jogo estava 2x0 para o Atlético e isso aumentava a minha vontade de fumar.
Foi chegando mais gente no posto... Era domingo, um frio de rachar ossos e eu fumando meus cigarros.
O primeiro tempo acaba, eu fui dentro da loja de conveniências e Comprei mais dois maços.
Maldita mania de jogar filtros acesos de cigarro longe!
O jogo recomeça e o Inter faz um gol, aos três minutos do segundo tempo, e eu me levantei e dei minha ultima tragada! O resto do cigarro que eu joguei, voou e bateu no medidor da gasolina e entrou no tanque do carro ao qual um frentista estava enchendo.
Maldito Corolla por que estavas logo ali?
A ultima coisa que eu me lembro antes da escuridão foi ver a minha canela com um trapo de minha calça jeans voando com meu sapado italiano que eu havia comprado em uma semana com, o dinheiro que eu ganhei no jogo do bicho e uma pulseira do grêmio numa bela mão branca com as unhas bem feitas.

O foda não é sentir o nosso corpo queimar, ver os gritos de agonia e os médicos juntando seus pedaços com o de outras pessoas, o foda é você poder apenas se mecher depois que te enterram, e você está sem ar, num caixão socado de algodão, até no cu. Esses filhos da puta das casas funerárias tiram nossa virgindade anal com uma senhora bucha de algodão...


E nem me deram um eu te amo...



Pelo menos...
Já é o 3° terno que eu ganho da minha Família...


Rudy Mythcrafter Apresenta.

Crônicas de Gabriel, o Homem que não morria.